O fogo tem este poder em nós, cativa-nos, fascina-nos, atrai-nos.
De uma simples chama brotam inúmeras imagens, figuras, ideias, sensações.
Bailarinas a dançar elegantemente, raios de sol a furar os céus escuros, que não querem deixar passar essa luz, cometas a passar, grutas, cavernas, fogueiras, lareiras, chamas... e a Fénix! Renascida das cinzas, para se renovar, para viver uma nova vida, para brilhar...
A capacidade que o fogo tem de se renovar, de se auto-motivar, de se capacitar, de voltar a brilhar. Quantas vezes olhamos e pensamos que só restam brasas e cinzas e que nada mais há a esperar dali. Acabou.
Mas não! Teima em voltar, ganha um novo fôlego, sente uma pequena brisa e é o que lhe basta para ganhar novas forças, novas formas, novas chamas.
Ou então, olhamos e somos nós próprios, que pela nossa presença, pela nossa companhia, pelo nosso respirar, lhe damos novo alento, nova força para atear.
Também nos novelos enleados e cansados de andar, por vezes é preciso um sopro, um suspiro, uma respiração mais profunda, para que encontram novamente o seu princípio, para que se desenleiem e voltem a brilhar, para que se voltem a encontrar.
Porque a chama da vida só se apaga uma vez!