- Olhe, desculpe, por favor. Posso fazer uma pergunta?
- Para informações tire a senha I!
- Mas era só para saber se a Doutora...
- Para consultas tire a senha C!
- Não é isso, era só porque fiquei de confirmar...
- Para confirmação de consulta tire a senha CC!
- Mas eu já confirmei a consulta e agora não sei se depois de pagar...
- Para pagamentos tire a senha P!
- Mas eu já paguei e com o comprovativo...
- Para declarações ou justificações tire a senha D/J!
- Muito bem, já percebi! Espero que tenha uma senha D muito bem passado e que consiga continuar a sua senha V infeliz como até agora com esta sua senha T que odeia e que desempenha tão mal! Senha O!
Quando já estamos a meio do novelo, é bem mais complicado, deixamos de ver o princÃpio e o fim parece estar mais emaranhado do que nunca. Parece tarde demais para voltar ao inÃcio, mas também já não temos forças para chegar ao fim.
Temos outros novelos à volta, que nos chamam à atenção pelas cores, pela textura, mas estamos tão envoltos nos nossos próprios fios que não conseguimos ir até ao novo novelo. E não só nos emaranhamos mais nos fios, como arrastamos connosco aqueles que estão à nossa volta e que até nos podiam soltar as amarras, não estivéssemos nos tão certos que a persistência nos vai levar a um final feliz. Mas será que vai mesmo? Não estaremos a confundir persistência com teimosia? Não estará na altura de agarrar na tesoura e cortar de vez o cordão que nos prende teimosamente a este maldito novelo?
Nem sempre uma missão comprida acaba como uma missão cumprida!
