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  • Foto do escritorDona Lã

STOP

Chega a uma altura em que temos que parar. Simplesmente parar. Colocar um ponto final. Terminar. Não continuar. Não insistir. Parar.


Quando o novelo acaba, paramos.


O sinal vermelho acende-se, mas não de repente, do nada. Há um pré aviso, vemos o sinal amarelo antes e aí a escolha é nossa: parar calmamente, medindo a distância e reduzindo a velocidade até parar mesmo; parar de repente sem pensar em mais nada e sem olhar para trás, correndo o risco de ser abalroado por alguém que decidiu não parar já; acelerar loucamente, na esperança de nem chegar a ver o sinal vermelho ou mesmo vendo, ignorá-lo por completo e sentir a adrenalina de estar a fugir de alguém como se naquele momento fosse imprescindível continuar a andar e impossível parar.


O novelo começa a ficar mais pequeno e sabemos que o final se aproxima. Podemos decidir se vamos acabar naquela carreira ou na outra, podemos decidir arriscar e ver se dá para umas malhas e depois perceber que nos faltou fio, podemos parar logo e no final percebemos que nos sobrou tanta linha que teria dado para mais umas quantas malhas.


Nem tudo na vida tem um sinal amarelo. Nem sempre temos um pré-aviso. Mas há pequenos sinais, pequenas luzes que se acendem aqui e ali, que nos indicam que, nalgum momento, vamos ter que parar. E, mais uma vez, a escolha é nossa: parar calmamente, parar de repente ou acelerar loucamente, fechando os olhos e arriscando tudo, mesmo que isso signifique bater de frente e ser apanhado. Ser apanhado pela própria vida, bater de frente em nós próprios.



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